sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014



Eu acho que de certa forma eu posso dizer que 2014 foi o ano da minha vida.
Briguei e tive momentos tensos com duas pessoas que eu amo? Sim. Mas não durou muito tempo, a gente se entendeu e tudo ficou bem (na medida do possível).
Tive uma crise de ansiedade no pior lugar possível que isso poderia acontecer? Tive. Mas venho tratando dela desde 2013 (quando eu descobri que tenho) e pela primeira vez eu senti que consegui me acalmar sozinha.
Precisei de prova especial pela primeira vez na minha vida? Sim. Fiquei com um cagaço que não me deixou dormir direito por uns 4, 5 dias? Fiquei. Mas passei. E aprendi que não devo procrastinar (claro Xulia, keep telling yourself that)
Porque eu comecei o post assim? Porque essas foram as principais coisas ruins que me aconteceram em 2014, e começar falando delas é tipo me “livrar” delas mais rápido. Foram poucas, como vocês podem perceber.
Porque fora isso, eu passei por momentos muito legais, e pensando bem a frase que eu uso pra descrever minha vida (“Julia’s not so wild life/a vida nada selvagem”) pode acabar não servindo mais.
Pra vocês terem uma idéia, em 2014 eu conheci junto com uma melhor amiga o roteirista de uma das minhas série preferidas. Comecei a gravar vídeos pro YouTube, um passo pra me livrar dos restinhos de timidez que eu tenho, e fiz um sucesso considerável entre meus amigos (que fizeram questão de transformar minha cara em meme). Participei da execução de um documentário que foi parar em vários festivais (até em Berlim Betim). Fiquei amiga de uma travesti de dois metros de altura (que eu, como sempre, achava que não iria com a cara, só por ter que dividir um melhor amigo com ela, e como sempre estava enganada). Acompanhei um curta de romance independente brasileiro fofíssimo sobre dois jovens gays (um deles deficiente visual) se descobrindo e se apaixonando virar um longa e adquirir proporções estratosféricas (ganhar os corações de milhões ao redor do mundo e quase concorrer ao Oscar, por exemplo). Fiquei amiga de pessoas pela internet pela primeira vez e logo de um grupo que, apesar do lema “you can’t sit with us”, são “the nicest people you’ll ever meet”. Fui ao show da minha banda preferida (e consequentemente vi Dan Reynolds tocar seu tamborzão) com duas das minhas melhores e mais antigas amigas e me diverti como se não houvesse amanhã. Me apaixonei por quatro séries novas, todas as quatro com mulheres maravilhosas no comando (Parks and Recreation, The Mindy Project, Orphan Black e My Mad Fat Diary – Amy Poehler/Leslie Knope, Mindy Lahiri/Kaling, as 12 clones/Tatiana Maslany e Rae Earl, respectivamente). Consegui finalmente, depois de três anos, comparecer (de graça, importante ressaltar) ao Campeonato de Wakeboard na Lagoa dos Ingleses com as melhores companhias. Consumi um número copioso de porcarias (alimentícias e televisivas) e compartilhei um milhão de histórias com a melhor roomie do mundo. Quase morri do coração duas vezes durante jogos da copa, mas em um deles pelo menos tinha guacamole e muita piña colada feitas em casa. Fui descarregar as zicas com um melhor amigo no Rio de Janeiro (aka botar a Slut & The Falcon World Tour™ na estrada). Vi no cinema o melhor filme de super-heróis de todos os tempos (Guardiões da Galáxia) e dancei o Awesome Mix Vol. 1 como se eu fosse o Groot. Tive mais um aniversário com menos comemorações do que eu gostaria, mas com videogame novo, que inclusive fez de mim uma pessoa mais (hiper)ativa e dançante. Saí do meu covil transformada em criatura da noite pra acabar com umas vidas e uns corações na primeira festa à fantasia de verdade que eu já compareci. Participei mais uma vez de uma campanha maravilhosa contra a intolerância e o preconceito. Fiquei amiga de gente que eu não gostava muito antes. Vivi o dia que foi de longe o mais nonsense da minha vida, numa boate ao meio-dia de terça feira, em posse de baseados de orégano enrolados em páginas da bíblia. Me identifiquei mais do que nunca como femininja feminista, esquerdopata e petralha, e dediquei parte da minha vida (dentro e fora da internet) à contribuir na destruição do patriarcado, homofobia, racismo, uso do sapatênis e todas as psicodelias argumentativas. Vi a Juliana perder o óculos e engasguei de tanto rir, e também fui muito feliz com a minha escolha. Adquiri finalmente um apelido legal e não-óbvio: Xulia, Xoolia, Xöoleam e suas variações (mindexa, isso é importante pra mim ok, Ju/Juju já tava ficando chato). Conheci as pessoas mais legais da internet, que são viciadas em print, não aceitam bbks e doram brejas (mas pinto não pode). Vi outra das minhas bandas preferidas ao vivo, com minha mais nova amiga e sua irmã, dessa vez quase LAMBENDO O SUOR DO BRENDON URIE PUTA QUE PARIU encostada na grade. Peguei um avião completamente sozinha pra visitar meu pai na Europa, onde eu vi dois musicais da Broadway maravilhosos, visitei 221B Baker Street (nada menos que a residência dos meus detetives consultores preferidos), até faixa de pedestre eu visitei (pra vocês verem como Londres é desenvolvida, né gente, até faixa tem), aprendi história da medicina, passei frio e encontrei minhas amigas de infância na Alemanha (coisa que a gente nunca acreditaria se voltássemos 12 anos no tempo pra contar), fui Wednesday Addams por um dia, passeei completamente sozinha numa cidade que eu não conhecia (incluindo pegar ônibus e não descer no lugar errado \o/) e vi com meus próprios olhos e senti no meu coração que Hogwarts está mesmo sempre pronta pra te receber. Pude ver minha candidata à presidente, Dilmãe coração valente, ganhar as eleições, e as lágrimas de sangue derramadas pelos coxinhas em seguida. Comprei um saco de confeitar e me saí eximiamente bem logo de primeira. Assisti um dos meus filmes preferidos ao ar livre debaixo da chuva, cantei minha música preferida da infância (He-Man) à plenos pulmões em uma balada e ganhei o fone de ouvido mais maravilhoso da face da terra em um jogo tipo SongPop. Atingi 2000 posts no instagram e 18000 (!!!) no tumblr. Tive os melhores e mais loucos natais da face da terra, com os amigos e com a família. E por último, só pra mostrar que 2014 foi o melhor ano possível, encontrei um ser humano no meio desse Texas que já é a primeira garantia de que 2015 vai ser melhor ainda .
Esse ano eu saí de vez do meu casulo. Fui eu mesma e fui feliz. Me amei mais do que amo qualquer pessoa e finalmente aprendi a me valorizar do jeito que eu mereço. Tenho mais amigos que posso contar nos dedos (isso é impressionante apenas pelo fato de que 3 anos atrás meus melhores amigos eram CINCO), amigos que me amam, se importam comigo e tiram tempo pra me ouvir mesmo nos momentos mais ocupados e/ou nos fusos horários mais estranhos e o mais importante: SÃO TÃO IDIOTAS QUANTO EU (acho que minha cota de trocadilhos ruins estourou mais ou menos em Abril. De 2013). Ao longo do ano, além de tudo isso, eu acompanhei de perto o sucesso de todos. AMO VOCÊS!
Eu não gosto muito de fazer promessas e metas pros anos que vem mas só digo que nesse próximo vocês terão que me engolir falando baboseiras no YouTube ainda mais (porque eu não posso perder tempo, já quero estar recebendo jabá de marca de chocolate logo no meio do ano, pfvr)
E se eu posso dar um conselho pra vocês pra 2015 é: não aceitem pessoas e nem coisas “mais ou menos” na vida de vocês. Se não for legal, abandone. Faça coisas boas por si mesmo. Come um churros antes do almoço porque você merece. Diz que tá doente pra poder ficar em casa dormindo um dia. Faz maratona de desenho animado no Netflix. Toma uma colher de açúcar pra ajudar o remédio a descer.
E pra quem não quis ler tudo, o resumo e o lema do ano é: ¯\_()_/¯



quinta-feira, 24 de julho de 2014

Vlog - Acampamento da Depressão



Eeeeeeeeee! Depois de horas tentando arrumar o áudio dessincronizado do vídeo eu finalmente consegui editar e postar.

Vocês já passaram aperto/vergonha/frio/fome/vontade de soltar pum na barraca em acampamento também?
Contem pra mim.
Tem minhas redes sociais na descrição do vídeo e em algum lugar deste saite.

Clique aqui pra ver Jimmy Fallon lendo os melhores tweets da hashtag #unhappycamper

PS: Eu esqueci de comentar no vídeo que em um dos primeiros acampamentos uma menina quase entrou em coma alcóolico, e em um dos últimos um professor foi demitido. #hardcore
PS2: LEMBREI! Um dos contras do acampamento indígena é que as galinhas transitavam normalmente pela área de camping, então elas nos acordavam gritando às 5 da manhã.

domingo, 13 de julho de 2014

Você tem um minuto pra falar de Nossa Senhora Salvadora JK Rowling?


Pode ser que esse post fique pequeno, mas eu tenho que compartilhar uma coisa que está me deixando impressionada.
Não sei se vocês sabem, mas atualmente está ocorrendo a Copa Mundial de Quadribol na Patagônia. Calma. Eu sei que quadribol não existe. Mas no Pottermore (site criado por JK Rowling para inserir os fãs no universo de Harry Potter mesmo depois que a série "acabou"), é como se a copa existisse e Ginny Weasley e Rita Skeeter a estão narrando em tempo real. Para os fãs de Harry Potter que se enfiaram numa bolha depois do oitavo filme e não sabem, Ginny Weasley se tornou jogadora de quadribol e depois jornalista esportiva.
Ok, mas o que isso tem de mais?
PENSEM. Não basta a autora criar um universo mágico inteiro, inserir diversos seres mitológicos, feitiços, estabelecimentos, governo, moeda, costumes, comida típica e até um esporte, ela ainda continua falando sobre isso mesmo depois que Harry Potter "acabou". E não é só "falando sobre isso", minha gente. Ela descreve detalhadamente no site o perfil de cada jogador, os times, os uniformes e comenta as partidas AO VIVO. Como se o jogo realmente estivesse acontecendo.
SE ISSO NÃO É DEDICAÇÃO NÃO SEI MAIS O QUE É.
Ela tem uma peça, três filmes e uma continuação de livro pra trabalhar e ela se dá ao trabalho de narrar um jogo que nem existe só pra mostrar pedacinhos do mundo mágico pros fãs.
Vocês vão dizer "aiiinn mas ela ganha dinheiro com issooo". Eu sei que ela ganha, mas ela também ganha com todas as outras coisas que ela podia estar fazendo, que aliás atingem muito mais gente do que o Pottermore (que sinceramente estava morto até então), e ela continua aí falando de Harry Potter.

Agora vocês entendem porque todos os "acabou" estavam entre parênteses? Essa mulher nunca vai deixar a magia morrer. :)

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Lista dos sonhos de indicados/ganhadores do Emmy

Oi! Pra quem não sabe amanhã, no dia 10 de julho, saem os indicados aos Emmy Awards, premiação de séries e filmes pra televisão. A época das premiações é minha preferida do ano e eu sempre comento nas internets e etc e dessa vez eu resolvi fazer uma lista (sem ordem) de quem, dentro das séries que eu vejo, deveria ser indicado/ganhar o Emmy e porque. Behold:




1. Dylan O'Brien - Stiles Stilinski, Teen Wolf
Eu sei que é completa perda de tempo inserir um ator que faz uma série da MTV sobre lobos adolescentes mas eu não ligo.
Antes de julgar, por favor me escuta: Teen Wolf, durante toda a primeira temporada, parece só uma série boba sobre um menino meio bobo que vira um lobisomem e ~tem que lidar com essa nova vida e os perigos que ela traz~ e com efeitos especiais muito, mas muito ruins. E aí você me pergunta porque alguém assistiria isso:



Stiles Stilinski é melhor amigo do Scott, personagem principal que vira lobisomem. Stiles é o personagem mais engraçado e sarcástico e adorável da série e ele ganha o coração de todo mundo logo no primeiro episódio.


(Ok, talvez isso seja do episódio 2 ou 3)

Já dava pra parar por aí, mas não é só isso. Na segunda temporada, a série melhora consideravelmente a dali pra frente o suspense aumenta, os inimigos viram outros, o protagonista vai deixando um pouco de ser bobo, entra gente nova e A SÉRIE FICA MUITO BOA E VOCÊ NÃO CONSEGUE LARGAR.



E com a série melhorando e novos inimigos aparecendo, Stiles deixa de ser "só" o alívio cômico/melhor amigo do personagem principal/personagem sarcástico e desastrado e passa a ser um herói, o maior badass motherfucker deste programa de televisão.
Vou postar uma cena excelente dele na terceira temporada. Pode ser spoiler talvez, mas eu recomendo ver a atuação desse menino que mal tem 4 anos de atuação e eu já amo pacas:


Mas a série inteira está no Netflix (a quarta temporada começou semana passada então tem até a terceira) então vocês quiserem ver mais uma cena dele, assistam a primeira cena do episódio 11 da segunda temporada, Battlefield (a cena termina em 6:30). A conselheira da escola está conversando com ele sobre as coisas que tem acontecido na escola e na cidade e na vida deles ultimamente (um monte de morte e traumas e tal, né gente, cês sabem como são as séries sobrenaturais) e ele vai falando como se sente. Dá pra ver no olhar dele o desespero, o cansaço, a vontade de desistir. É excelente, uma das melhores cenas da série.

Além de Teen Wolf ele fez os filmes The First Time (comédia romântica em que ele contracena com a picolé de chuchu whatever Britt Robertson onde você pode ver outras habilidades muito boas dele), The Internship/Os Estagiários (comédia com Vince Vaughn e Owen Wilson em que ele é coadjuvante) e recentemente acabou de gravar a adaptação pra cinema do primeiro livro da série de distopia Maze Runner, em que faz o papel o principal.

E eu deixei o melhor por último. O mais impressionante sobre esse moço é que ele nunca tinha atuado antes na vida e nem nunca fez aulas. Quando ele foi fazer a audição pro papel de Stiles ele só tinha isso aqui no "currículo":




É SÉRIO, MINHA GENTE. Toda vez que eu lembro disso meu coração enche de orgulho, porque além de eu ser apaixonada pelo personagem eu sou apaixonada pelo ator e às vezes eu acho que ele é the one and only amor da minha vida admiro muito Dylan como ator e é ótimo ver o tanto que ele cresceu e melhorou em 4 anos. :3

PS: esqueci de dizer, e essa vai ser mais interessante reparar quando você vê a série, que além de escrever algumas das suas próprias cenas, Dylan também improvisa algumas ("Don't be such a sour wolf" é uma delas).

2. Uzo Aduba - Suzanne "Crazy Eyes" Warren, Orange Is The New Black
Eu deveria ter feito um post inteiro dedicado a essa série mas vou fazer um resumo do porque ela é uma das das melhores comédias atuais e excelente em geral: além do humor excelente a série (original do Netflix) mostra mulheres de todos os tipos, todas as personalidades, todas as raças, religiões e cores e trata todas como gente. O roteiro é ótimo, 90% das atuações ali são sensacionais e ah, eu já falei que trata a mulher como gente? Porque eu não estou brincando. Tem um texto no tumblr que diz (traduzi do inglês):
"Foda-se escrever mulheres 'fortes'. Escreva mulheres interessantes. escreve mulheres bem desenvolvidas. Escreve mulheres complicadas. Escreva uma mulher que bota pra foder, escreve uma mulher que fica encolhida num canto. Escreva uma mulher que está desesperada por um marido. Escreva uma mulher que não precisa de um homem.  Escreva mulheres que choram, mulheres que reclamam, mulheres que são tímidas, mulheres que não levam desaforo, mulheres que precisam de aceitação e mulheres que não ligam pro que os outros pensam. ELAS SÃO TODAS VÁLIDAS, e todas essas coisas podem existir NA MESMA MULHER. Mulheres não devem ser valorizadas por serem fortes, ou fodonas, mas por serem pessoas."
Acho que isso aí resume bem a série.
Pra quem vive numa bolha e não sabe, a série é baseada em fatos reais, inspirada no livro de Piper Kerman (Chapman, na série) sobre sua vida na prisão feminina depois de ter sido denunciada por um crime de tráfico de drogas que cometeu (influenciada pela ex-namorada) dez anos antes.
Só que, como é comum em muitas séries de TV (inclusive Teen Wolf), Piper não é nem de longe a melhor/mais interessante personagem da série (eu gosto dela, mas tem vezes que ela reclama muito). Cada episódio, além de falar da Piper e dos acontecimentos gerais da prisão de Litchfield, foca em alguma das detentas e sua história antes de ir presa (sim os episódios são enormes).

Crazy Eyes é uma das mais loucas e mesmo assim a mais frágil. Ela tem algum distúrbio mental que pode talvez ser inserido na visão tradicional de loucura, mas no episódio dedicado a ela e em vários outros da segunda temporada nós podemos ver que tem muito mais por trás disso. Ela foi adotada por uma família branca rica e sempre sofreu preconceito, foi comparada à irmã mais nova (branca) e se acostumou a uma vida de culpa e a se torturar pelos próprios erros. A atriz demonstra isso perfeitamente e mostra muito bem os dois lados de Suzanne Warren: o compulsivo, violento, obsessivo e o lado sensível, amável, frágil.
Eu não sei muita coisa sobre a Uzo mas recentemente descobri que ela era atriz da Broadway e achei esse vídeo dela cantando músicas de natal com a colega de série Danielle Brooks (da qual eu vou falar mais pra frente)

E outra coisa: representatividade. Mulheres negras não estão na TV só pra serem clichês ambulantes. Como eu citei elas são pessoas de vários tipos e merecem ser representadas assim na mídia, o que Uzo faz muito bem.

3 e 4. Nick Offerman e Amy Poehler - Ron Swanson e Leslie Knope, Parks and Recreation
Primeiro que eu nem imaginaria que uma série sobre o Departamento de Parques e Recreação de uma cidadezinha de Indiana ia ser tão amor e me fazer rir tanto. (Aliás eu gostaria de saber porque tudo que é meio decadente eles inventam de situar em Indiana; The Middle também se passa numa cidade tipo "meio do nada" em Indiana. Lá deve ser tipo o Acre daqui. Anyway) Eu comecei a ver a série no fim do ano passado pelo Netflix (ela é da NBC, btw) e NÃO CONSEGUI PARAR. É sério, a série é de 2009 e foi um dos maiores "porque diabos eu não comecei a ver isso antes" da minha vida. Ela inclui vários comediantes excelentes: gente que começou no SNL, tipo a Amy Poehler e Aubrey Plaza, entre outros famosos do stand-up tipo Louis CK e Aziz Ansari. Pra quem não sabe quem é Amy Poehler, SHAME ON YOU: ela e Tina Fey governam juntas o mundo, são proprietárias do universo e rainhas da comédia americana. Amy interpreta a principal e melhor personagem da série: Leslie Knope, chefe do departamento e a pessoa mais patriota que já existiu nos Estados Unidos da América. Mas não é de um jeito ruim, porque apesar de ser extremamente entusiasta de sua cidade e seu país, ela enxerga os defeitos em ambos e faz de tudo pra corrigí-los, ou pelo menos melhorá-los ao máximo. Acho que esse entusiasmo, essa empolgação que Leslie tem com seu emprego e com a vida, é uma coisa que ninguém conseguiria representar da forma que Amy consegue. Ela realiza a façanha de tornar uma personagem extremamente otimista e insistente em uma das personagens mais queridas da comédias atual (Amy já ganhou o Globo de Ouro pelo papel)
Já Ron Swanson, o outro melhor personagem da série, é praticamente o oposto de Leslie: introvertido, discreto (exceto pelos olhos azuis e o bigodão), meio rabugento, completamente anti-governo (mesmo sendo sua área de trabalho) e seu entusiasmo é direcionado a pouquíssimas coisas da sua vida (carne e marcenaria, por exemplo). Antes que vocês se perguntem: não, ele e Leslie não formam um e nem faz sentido. O que eles formam é a melhor amizade da série, e é muito interessante ver os dois trabalharem juntos. Ron entrou muito rapidamente pra lista dos meus queridos e protegidos personagens masculinos de TV. Ele é aquele tipo de personagem casca-dura por fora mas com um coração de ouro por dentro, e acho que ele não seria assim tão bem feito se não fosse o Nick. Não quero postar nenhuma cena dele porque todas são golden, recomendo que vejam a série inteira pra entender.


5. Tatiana Maslany - Sarah Manning/Elizabeth Childs/Katja Obinger/Alison Hendrix/Cosima Niehaus/Helena/Rachel Duncan, Orphan Black
Você não leu errado. Até hoje Tatiana interpretou DOZE papéis nessa série (uns que eu não coloquei pra não dar spoiler e uns que sinceramente eu nem lembro) e fez todos impecavelmente. É difícil explicar, mas você assiste a série e não enxerga Tati ali, você enxerga cada uma das personagens e cada uma ganha seu coração (pelo menos as principais) de um jeito diferente. Eu vou te dizer inclusive que muitas vezes Tatiana tem que interpretar uma personagem disfarçada de outra (!!!!!!!!!) e ela faz isso de um jeito que é a coisa mais impressionante de se ver. É sério, se ela interpretar personagem 1 disfarçado de personagem 5, você sente isso, mesmo sendo ela que interpreta ambos mesmo.
Eu acho que esse vai ser o menor texto porque não tem como explicar com palavras. Eu aconselho todo mundo a assistir Orphan Black, que tem a primeira temporada completa no Netflix, e é ainda melhor se virem sem saber do que se trata. Eu nem quis explicar o porque dela interpretar tantos personagens pra tornar a experiência de vocês ainda melhor.
Ah, e esqueci de dizer: Tati é canadense e a série é da BBC America. Ela nunca foi nem nomeada ao Emmy, mesmo com muita campanha na internet pra que ela fosse. Esse ano tô fazeno figa pendurano os olho grego preparano simpatia com chá de calcinha porque ela é minha preferida mesmo e se ela não ganhar eu vou lá na casa dos jurados e arranco cada um dos fios de cabelo deles um por um com uma pinça. :3
PS: depois de ver OB você começa a desconfiar que todo mundo que você conhece está na verdade sendo interpretado pela Tatiana Maslany. Li outro dia no twitter que ela podia interpretar até a Vera Fischer atuando. É verdade.

6. Bendydick Floofernoodle Benedict Cumberbatch - Sherlock fucking Holmes, Sherlock
Ok. Eu nem sei por onde começar. Primeiro eu preciso respirar fundo, arrumar a postura e pensar num jeito de escrever isso aqui sem deixar o amor interferir. Jesus, num tá facio.
Ok. Primeiro sobre a série Sherlock, da BBC.
 Eu via todo mundo no tumblr comentando e eu pensava tipo "meh, que preguiça, e esse tal de Benedict que eles tanto amam nem é bonito, ele é velho e estranho" (EU SEI EU TAMBÉM NÃO ME ORGULHO DESSA FASE DA MINHA VIDA EU NÃO GOSTO NEM DE LEMBRAR). Até que um dia meu amigo veio aqui em casa e sugeriu da gente ver o piloto, já que a gente estava ignorando fortemente nossos afazeres não tinha nada pra fazer mesmo.
Olha é bem capaz de eu nunca ter tomado uma decisão melhor na vida. Sherlock é uma das séries mais legais e inteligentes da atualidade, na verdade uma das melhores em geral (das que eu assisto é a melhor). Obviamente fazer uma adaptação de Sherlock Holmes para os dias atuais ficar boa é muito difícil, mas os roteiristas e o Benedict fazem a história e o personagem parecerem reais.
E essa é a parte que eu empaquei, tá, porque eu não sei o que escrever sobre esse homem, porque ele faz um Sherlock sensacional e tão sensacional que eu nem sei descrever, porque ele virou meu ator preferido em geral depois de ver essa série, porque vocês podem perceber que eu não estou conseguindo ~deixar a emoção de lado~...
Aliás vou aproveitar e já inserir o 7. Martin Freeman - John Watson, Sherlock
Martin, apesar de ser meio rabugento na vida real, interpreta o personagem mais sensível dessa história. No começo da série Watson está procurando lugar pra morar depois de voltar da guerra, e ele tem consigo uma bagagem emocional enorme e um distúrbio pós-traumático que se manifesta em forma de problema na perna. Ele já passou por muita coisa nessa vida e apesar de querer descanso acaba se apaixonando (!) por resolver crimes ao lado do colega de apartamento e novo melhor amigo Sherlock. Olha eu vou te dizer que é difícil achar na televisão alguém que demonstre emoção com o olhar do jeito que o Martin faz.

(Eu vou colocar só essa imagem principalmente pra quem não viu a série ainda já saber exatamente do que ela se trata.)

8. Sharon Rooney - Rae Earl, My Mad Fat Diary
Eu conheço relativamente pouquíssima gente que já ouviu falar dessa série no Brasil, eu demorei um tampão pra assistir mas recomendo fortemente pra todo mundo. Ela é baseada nos diários de Rae Earl, autora britânica que em sua adolescência passou por diversos distúrbios e problemas psicológicos causados pela baixa auto-estima relacionada a seu peso. Eu sei que a maior parte das pessoas não entende e/ou não tenta entender distúrbios mentais, tipo depressão, TDAH, ansiedade e afins, usando frases como "isso é falta de louça pra lavar". Para esses, MMFD é um bitchslap bem no meio da fuça.
Aliás a série dá um soco no estômago de todo mundo. Sharon interpreta a personagem principal e sinceramente parece que ela viveu tudo que a Rae passa na série. Não sei mais o que escrever, só sentir. Vejam My Mad Fat Diary.

9 e 10 - Samira Wiley e Danielle Brooks - Poussey e Taystee, Orange Is The New Black
Eu já falei pra vocês que essa série tem a melhor representação da mulher nas comédias atuais, e da mulher negra mais ainda. Essas duas, além de cumprir esse papel, tem a melhor amizade da série. Parando pra pensar aqui nenhuma das outras personagens tem uma amizade sincera igual essas duas, que não seja "eu te tolero quando você não é chata" ou por interesse. Elas são tão especiais que na segunda temporada eu nem liguei tanto pro resto do enredo, queria mesmo era saber se as duas iam continuar amigas mesmo (tem uma coisa que abala a amizade delas).
Eu descobri outro dia que as duas atrizes estudaram na faculdade Julliard juntas e são melhores amigas há cinco anos. Como não amar?

Gente, eu sei que era pra eu escrever mais coisa mas os indicados saem as 5 da manhã e eu preciso terminar esse post. Me desculpem por esse final que ficou meio tosco.

PS: Não tem Peter Dinklage, não tem Eva Green, não tem Matthew McCounaghey porque eu não vejo as séries deles (True Detective eu pretendo). Só tem gente das séries que eu vejo.

terça-feira, 1 de abril de 2014

[SPOILERS] DESABAFO VERBORRÉICO SOBRE HOW I MET YOUR MOTHER EM CAPS LOCK

EU VOU DIZER UMA COISA PRA VOCÊS
ESSE SERIES FINALE ACABOU COM A MINHA VIDA
ME JOGOU NO CHÃO E CHUTOU MINHA CARA DIVERSAS VEZES

EU NÃO AMEI A SÉRIE POR NOVE ANOS PRA TERMINAR NESSA DESGRAÇA
PUTA QUE O PARIU
NÃO É NEM PORQUE O TED FICA COM A ROBIN NO FIM DE TUDO
É QUE AO LONGO DE NOVE FUCKING TEMPORADAS
A GENTE FOI LEVADO À CRER QUE A PORRA DO AMOR DA VIDA DELE ERA OUTRA PESSOA
E O QUE ACONTECE COM ESSA PESSOA?
ELA MOOOOOOORREEEEEEEE
O CARA SOFRE DURANTE SETE FUCKING ANOS, TENDO SIDO LARGADO NO ALTAR, DECEPCIONADO, TENDO TIDO ATÉ NAMORADA PSICÓTICA PIROMANÍACA ASSASSINA
E AÍ QUANDO ELE ACHA A ALMA GÊMEA DELE O QUE ACONTECE?
ELA TEM A PORRA DE UMA DOENÇA TERMINAL
ELES FICAM A SÉRIE INTEIRA NOS PREPARANDO PRA CHEGADA DESSA MULHER E AÍ ELA APARECE POR POUQUÍSSIMO TEMPO E ~PUF!~ MORRE
O QUE ERA ESSA MULHER, ALGUM TIPO DE PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO, UM PASSATEMPO NA FILA DE ESPERA PRA ROBIN, É ISSO?

E O NEGÓCIO TAMBÉM NÃO É MEU CASAL PREFERIDO (JUNTO COM MARSHLY MAS ANYWAY) TER DIVORCIADO
MENTIRA É SIM EU TO DEVASTADA
MAS ALÉM DISSO
É TODO O DESENVOLVIMENTO DE CARÁTER DO BRANEY SER IGNORADO
E ELE VOLTAR A SER UM MULHERENGO SEM NOÇÃO ASSIM DE REPENTE
ENGRAVIDAR UMA MULHER ALEATÓRIA
CUJO NOME NEM É MENCIONADO

E ALÉM DISSO AGORA EU VOU DORMIR PENSANDO QUE AS AMIZADES QUE EU TENHO HOJE VÃO SER NADA NO FUTURO
QUE OS MOMENTOS QUE EU TENHO AGORA NÃO VÃO DURAR
QUE TODAS AS MEMÓRIAS QUE EU TENHO COM MEUS AMIGOS VÃO SER SÓ LEMBRANÇAS VAGAS E TRISTES

#LASTFOREVER É MEU CU
VOCÊS BOTARAM ESSA TAG SÓ DE SACANAGEM NÉ SEUS PUT0S

AVISO ENTÃO CATRER BAYS E CRAIG THOMAS
A SÉRIE PRA MIM ACABOU NO 9X22
E NADA ACONTECEU DEPOIS DISSO
NADA

(AGORA SÓ FALTA VOCÊS VIREM ME FALAR TAMBÉM QUE O CHANDLER A MONICA DIVORCIAM, O CHANDLER FICA COM A RACHEL, O ROSS MORRE E O JOEY MATA O MIKE PRA FICAR COM A PHOEBE)

Ah e Marshall, querido, parabéns pelo cargo como juiz e o teste pra Suprema Corte. Eu e os fãs estamos muito orgulhosos de você.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Vlog - Disney Tag



UHUL! Fiz um vlog! Nesse vídeo eu respondo 10 perguntas relacionadas aos filmes da Disney (e uma que eu mesma acrescentei no final)

Quem quiser fazer é só postar no seu blog e/ou vlog e avisar que fui eu quem marquei!

BEIJAS

PS: na parte que eu falo da Mulan veio a imagem errada, malz aê.
PS2: na pergunta 4, esqueci de mencionar Atlantis, muita gente nem lembra da Kida como princesa; e na 5 as cenas em que ambas Branca de Neve e Aurora estendem o dedo e vem um passarinho. DISNEY VOCÊ NÃO TEM NEM IDÉIA DO QUANTO ESSA CENA ME CAUSA FRUSTRAÇÃO NA VIDA


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Os filmes do Oscar que eu vi até agora

Então, pela primeira vez eu tô realmente levando a sério uma maratona do Oscar. Eu sempre tento e acabo vendo tipo apenas 3 filmes. Dessa vez eu já vi 3 em 5 dias, e eu pretendo realmente ver os nove que estão indicados a melhor filme. (Pra saber todos os indicados clique aqui é só jogar "Oscar" no Google. A lista já aparece direto.)

Aí eu resolvi ir fazendo uma pequena resenha de cada um dos filmes à medida que eu vou vendo, então aí vai:

(½ pizza equivale à nota 1)

1. O Lobo de Wall Street

Direção: Martin Scorsese | Elenco: Leonardo Oscar DiCaprio, Jonah hill, Margo Robbie

Baseado em um livro, o filme trata de uma história real, do Jordan Belfort, que começa a trabalhar numa corretora de ações em Wall Street mas a bolsa cai bruscamente e ele fica sem emprego. Então ele monta com amigos sua própria corretora, bem de fundo de quintal, que lida com papéis de fora da bolsa que são bem baratos e geram muito lucro pra ele, mas são ilegais.

O filme é muito muito louco, e eu boiei em algumas coisas porque eu não entendo nada de economia, mas é muito bom. Podia ser menor, sim. Eu tenho a impressão que muita gente disse isso. O filme é cheio de sexo, drogas, anões e macacos, e principalmente as cenas envolvendo essas coisas podiam ser menores.
Minha última consideração é:
GIVE
THE
MAN
AN OSCAR
I SWEAR TO GOD



e por favor, Jonah Hill tá merecendo demais o dele de coadjuvante também. Aliás eu tava revendo 21 Jump Street (Anjos da Lei) outro dia e percebi que eu gosto muito do Jonah Hill.






2. Her (Ela)
Direção: Spike Jonze | Elenco: Joaquin Phoenix, Scarlett Johansson, Amy Adams

Eu queria deixar esse por último mas já que está na ordem que eu assisti, vai agora mesmo.

Esse filme fala de um cara que se apaixona por um software de computador, dotado de inteligência artificial, que tem voz de mulher.
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...
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e eu não consigo falar mais nada.
Ok, vou tentar. Mas esse filme realmente me deixou engasgada quando eu terminei de ver.
Eu ia esperar ele lançar no cinema (lançou hoje aliás), mas não esperei e valeu a pena.
Esse filme é simplesmente MARAVILHOSO. É de uma sensibilidade enorme, trata do amor de uma forma que eu nunca tinha visto e AI EU NEM CONSIGO TERMINAR A RESENHA. Foda-se se não é assim que escreve crítica de um filme. Eu não quero nem saber, só quero que ele ganhe melhor roteiro porque É O MELHOR ROTEIRO. Pelo menos dos quatro que eu vi até agora. Entrou imediatamente pra minha lista de favoritos (que consta nas abas do blog aí em cima) e me deixou completamente sem reação. (Me segurei pra dar uma nota maior do que dez.)

 

(Prefiro essa versão do que a da Karen O, que inclusive ela vai cantar no Oscar.)


(se você tem iPhone, experimente perguntar à Siri "Siri, are you her?". Ela tem umas boas respostas) 

3. Gravidade

Direção: Alfonso Cuarón | Elenco: Sandra Bullock. Ah. E o George Clooney tá lá também. Eu acho.

Sandra Bullock no espaço.
Bom, ele realmente não tem muito roteiro, né? Ok, algum xexelento vai vir dizer "claro que tem, blablabla". Tem, mas você me entendeu.
Eu sei que isso é de propósito, porque como disse um amigo meu o filme é uma experiência visual. Na verdade, é uma EXPERIÊNCIA AFLITIVA. Se você não lida bem com cenas de risco extremo e muito prendimento (?) de respiração, acho melhor você evitar. Agora, se você é de boa ou abre mão da aflição em favor de uma boa atuação, VEJA. SANDRA BULLOCK ESTÁ DANÇANDO BEIJINHO NO OMBRO COM SALTO AGULHA LOUBOUTIN NA CARA DAS INIMIGAS, DAS AMIGAS, DE TODO MUNDO.



E vale ressaltar também o tanto que essa mulher emagreceu pra fazer esse papel, ela tava um esqueleto no filme.
Então é isso. Roteiro bem simples (o que não me impressionou muito), mas atuação maravilhosa.
OBS: não quero colocar a trilha sonora desse. Melhor vocês ouvirem no filme.




3. American Hustle (Trapaça)
Direção: David O. Russel | Elenco: Christian Bale, Bradley Cooper, Amy Adams, Jeremy Renner, Jennifer Lawrence

E aí temos o último, sobre um cara e a amante dele que prometem empréstimos pras pessoas com uma firma falsa, alegando ter muito dinheiro no exterior. Eles acabam sendo descobertos por um agente do FBI, e por meio de um monte de chantagem acabam inserindo ele no esquema também, e um monte de treta surge daí.

Esse eu já achei meio meh, porque mesmo sendo todo elaborado e tal o roteiro não é assim tão legal, e o filme parece durar muito mais tempo do que realmente dura (2h18). A atuação do Christian Bale é que está excelente, aliás ele tá irreconhecível. UPDATE!!!!: acabei de perceber quem ele me lembra no filme e é o Chevy Chase. Ok go on


E tem também AMY ADAMS. EU QUERO SER A AMY ADAMS. Amy Adams está tudo de maravilhosa, com o cabelo e os vestidos com decotes enormes e o sotaque falso e a atuação ai mulher









Faltam:
Capitão Philips
Philomena
O Clube de Compras de Dallas
Doze Anos de Escravidão
Nebraska

E vale lembrar que eu comento o Oscar ao vivo no facebook, num grupo que eu criei especificamente pra isso. Se alguém quiser acompanhar no dia, é só me avisar por inbox.